quarta-feira, julho 07, 2010

Meio Marilyn Monroe


Nada me preenche, bebo para esquecer, durmo sob efeito de drogas para anestesiar meus sentimentos por algumas horas.
Quando acordo, preciso de alguns miligramas mortais de felicidade falsa nas veias para sentir o prazer de estar viva [ainda].
O largo e iluminado sorriso é apenas meu sepulcro caiado. Por dentro estou apodrecendo, mas ninguém vê, ou finge que não vê.
Amo tanto a vida que a quero minha intensamente, e nessa inquietude meus sentimentos se confundem, já não sei separar a dor do prazer, o sono do despertar e a solidão do companheirismo.
Quando perceber que morri, estarei velando meu próprio corpo no caixão e irei sucumbir frente à minha própria imagem vazia de alma, mas com as marcas de quem tinha tanta vida, que se perdeu na caminhada.

Inspiração: A vida secreta de Marilyn Monroe de J.Randy Taraborrelli

Por Line Ribeiro

6 comentários:

Sylvia Araujo disse...

Ótimo texto, Line!
Intenso, pra ler de um só sopro - o que resta.

Beijoca

ítalo puccini disse...

na quietude.

essa palavra é linda! e foi tão bem usada por ti no texto :)

beijos.

Júnior Creed disse...

Line, mesmo sem conhecer a história toda por trás do mito Marilyn Monroe, ao ver a imagem da mulher sexy, fatal, linda e "melhor amiga dos diamantes", sinto uma certa angústia... Será que existia felicidade ali? Adorei seu texto e casa mto bem com o meu pensamento.

Anônimo disse...

'Arretadissima',voce!

Por essas e outas que digo 'sou alma mulher e femea num corpo só mas, deixe-me a mim quando eu precisar.' Se eu fosse a minha musa Merilyn tivesse me conhecido, certamente ia saber aproveitar melhor os diamantes. [cof cof #metidinhamodeon]

Beijos meus, Diliçosa!

Lucão disse...

Lindo lindo!

Adorei, srta.
beijo

Tiago Moralles disse...

Quando caminhamos, deixamo-nos também para trás.