sexta-feira, fevereiro 25, 2011

quarta-feira, fevereiro 16, 2011


eu posso sentir que ele virá. eu sei que ele está perto. e eu ponho sim, o meu melhor vestido, o meu melhor sorriso, o meu melhor...
talvez pra concluir o que vivemos, viver mais um pouco o desejo que atravessou estações. talvez nem precisemos mais um do outro. talvez. mas o dia de hoje está escrito. estava, em algum lugar, perdido, ou achado. e sentir meu coração assim, junto ao seu, batendo, apanhando, assim, sentindo a mesma emoção, da mesma fonte, do desejo que atravessou estações.




@azulrasgado

quarta-feira, fevereiro 09, 2011


Ouço barulhos que invadem a madrugada, mas não temo.
Em meus sonhos não há espaço para medos.






@azulrasgado

terça-feira, fevereiro 01, 2011

La vita è adesso

Como naquela tarde fria do primeiro dia de Agosto, eu ouvi acordes de uma canção antiga e fingi rir, tamanha surpresa pela lembrança e pressenti a chegada, ainda que tardia, daquilo que não sentia desde a última decepção. Por favor, entenda: não é tão fácil viver alheio às sensações, mas a gente blinda o coração, devagar, mediante sucessivas contrariedades, ainda que comuns aos olhares dos outros. E vai perdendo um pouco a graça da entrega, da espera, dos carinhos, fica mais duro, resiste às tentações, não capta a energia, simplesmente se afasta duvidando da veracidade das coisas e, quiçá, dos sentimentos.

E me dou conta, aos berros, que ainda sou aquele menino frágil que sorri com a mão na boca para se esconder da felicidade, espectro de luas imaginárias, clandestinas impossibilidades, pedindo, por favor, não me deixe sozinho, principalmente à noite, quando as coisas tomam uma dimensão oceânica e eu perco o sono fácil.

Rasguei todas as cartas de amor, joguei fora as fotos, queimei com álcool etílico todo e qualquer vestígio do passado. Busco um recomeço, à paisana, nu e cru, para um desvario estético, quem sabe, mas que desperte a capacidade de me reencantar, de fazer brilhar, de sentir que há luz e faíscas, que há vida lá fora...