segunda-feira, julho 19, 2010

Pode até ser...

Aqui se entristeceu, ali se riu; enfim, nestes cansados pensamentos, passa esta vida vã, que sempre dura.
Camões
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nunca programei escrever nada tanto quanto sequer tive vocação para ser escritor, muito embora alimentasse sonhos de um dia sê-lo para não mais ter de estudar matemática ou por vaidade mesmo... 
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agora cá estou sem saber, exata e sinceramente, o quê mostrar. não bastasse, para complicar o dilema, ser segunda-feira, né?! e já parou pra pensar? até dormir no domingo, para acordar hoje, já dá aquela preguiça, oras!
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é que não suportarmos gratuitamente qualquer idéia de obrigação, por mais que a vida, tão cheia de chavões, tenha nos impelido à ativa todos os dias. a mesma vida, toda prosa e sorridente, que, por volta dos 16, 17 anos, ensina-nos a atravessar as avenidas tão sorrateiramente em busca da liberdade e depois nos apresenta contas homéricas a pagar, para não citar outras pendências a resolver do cotidiano.
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e, então, que fazer com este dia de hoje tão preguiçoso, porém fantasticamente tão desabrochado a pássaros? com o tempo, passamos a entender que uma segunda-feira, por exemplo, pode ser só uma segunda-feira sem aquela necessidade inocente de uma criança perguntar ‘n’ vezes POR QUE a segunda-feira é segunda-feira ou ausente aquela rebeldia tão juvenil de contestar a existência da segunda, achando que, revolucionariamente, vai estender o fds até esse dia e entender, enfim, que uma terça virará a nova segunda-feira. Crescemos e, de algum modo, a vida ainda continua cobrando.
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No mais, que o antes continue sempre abrindo os presentes pro futuro, ainda que nas segundas-feiras da vida, porque o agora, e não mais que isso, parece a única coisa concreta que realmente exista. A menos que vc tenha terminado de ler essa crônica.
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Bom início de semana!
@mateus

Um comentário:

Júnior Creed disse...

Eu digo sempre que a vida, mais que ser vivida, serve para nos cobrar, cronicamente falando. Seria culpa das próprias instituições sociais que se regulamentam de tal forma a regular a vida social, afinal precisa-se viver em sociedade e 'qualquer ordem é melhor que o caos'ou seria nossa culpa mesmo que nos cobramos, nos permitimos cobrança, etc, etc, etc. Seja o que for, a nacessidade do objeto determina o detalhamento.

Irmão, adoro vc... 'com mil rosas roubadas, exagerado'.