"Invento desculpas, provoco uma briga, digo que não estou.
Vivo num clipe sem nexo, um pierrot retrocesso,
meio bossa nova e rock'n roll.
Faz parte do meu show, meu amor". Cazuza
Vez ou outra eu fujo do amor. Corro o mais que posso, escondo-me em cavernas escuras e úmidas, onde minha respiração mistura-se com o gotejar das águas que escorrem pelas estalactites.
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Permaneço entre as rochas na intenção de petrificar-me tal e qual elas, inclusive solidificar o meu coração.
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Mas do amor ninguém se esconde e por mais que se resista e lute, ele é invencível e incansável.
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Então eu o maltrato, praguejo, amaldiçoo, machuco... é a única forma dele se afastar de mim. Porém ele me conhece e sabe que esta fuga alucinada e tresloucada é puro medo.
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Sabendo disso, o amor se aproxima de mim com um chocolate, me sorri, permanece ao meu lado e faz uma prece para que meu próximo surto demore a chegar dessa vez...
Por Lini Ribeiro
5 comentários:
Com medo de amar, lôra?
Concordo que o amor assusta algumas vezes.
Bjs!
fugir do amor,
achei linda a imagem que essa frase coloca :)
beijo!
também tenho usado minhas fugas com maestria...
acho justo!
beijos, Lôra Amada
Escrevi sobre algo parecido no meu último post... Interessante a coincidência dos temas. Gostei da sua postagem. Abços. Ney
moça bonita,
indetifico-me bastante com isso tudo.
tô sempre assim fugindo. às vezes nem é medo, sabe?! se é que proteger-se não posssa significar medo.
é que talvez nossa concepção de amar não seja a de muita gente por aí; essa coleção de objetos de não amar como comentou certa vez drummond.
não somos melhores por isso, mas também não procuramos fazer desse sentimento mais uma estorinha épica de filmes ou novelinhas chinfrins.
e ainda citando camões "Ouvindo-te dizer: ‘eu te amo’, creio, no momento, que sou amado."
ah, se creio. todavia, infelizmente, não posso dizer que amo. isso é sério!
abraço!
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