quinta-feira, julho 22, 2010

A fácil arte em amar!


"Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?"(Fernando Pessoa)
                                                    


Taquicardia.
um vago olhar frontal ao teu rosto.Um sorriso leve,do canto da minha boca.
Quanto disfarce na indiferença!
Poros dilatam-se,mãos transpiram,mas bem escondidas nos bolsos das minhas calças...e o coração a mil por hora.Tututuutututuututu..(não é tu..tu...tu...zzz...zzz...tu..tu...)
Você me faz sentir febre,e de longe bem ao fim do horizonte,onde não possa me enxergar,pulo e espumo, feliz como um idiota.
Esmurro paredes,o concreto não ganha a minha dor;esta dor,quando a sinto,é porque está ausente ou quando penso,em minhas neuras,que um dia não irei mais vê-la.
Se pudesse andaria com travesseiros e os chamaria de "travesseiros diurnos" e os abraçaria recordando do teu corpo que tanto me delicia ,atenuaria as minhas  ressacas cotidianas.
É,devo estar apaixonado.Falta-me coragem.Ser corajoso tem um preço,não quero que me temas.
Meus disfarces são úteis,você pensa que é só amizade coloridinha e se engana,afinal,quando está comigo banco o bonachão maduro,seguro e nem supõe que escrevo versos à noite,-versos ruins,confesso-ou mesmo a qualquer hora que o ócio vença ou quando sou um vadio,na hora do expediente,finjo escrever minuciosos relatórios,mas sao esses versos que inicio com "amorzinho que sabor teus lábios..."
Sou um ator,com um reconhecido talento,admito;as concisões,os suores,a indiferença,faz-me um tremendo de um fingido ,por vezes,sem sucesso,em algumas ocasiões.
Sabe é auto-preservação,a gente nao sabe lidar com sentimentos com os quais não temos poder e a arte teatral,como bálsamo, surgiu como uma forma artistica de o homem suportar a si através de outros.
Claro que há horas que vem a natureza,aquele "eu" corrosivo e verdadeiro ,que me toma e manda para longe o meu protagonista:quando apresento sinais de retardamento mental ou quando minhas idéias,varias delas,se mesclam e fico com dislalia.
Essa metalinguagem mental que,se expressa literariamente,faria inveja a Proust e Joyce é a prova de que todos esses sintomas poderiam,com o tempo,ser atenuados,mas que até chegar este dia  diria que você a mulher da minha vida...!
mas secretamente porque tudo é questão de auto-preservação e eu amo continuar a te amar.


Raphael Marques
@raphamarques

3 comentários:

Valfredo Mateus disse...

deve ser paixão mesmo, viu?!

e eu me protejo é disso aí, do amor, não do Amor.

a paixão faz-nos achar que, se a vida não abre as portas certas, devemos no jogar pela janela.
vai entender...

eu só não quero. nem preciso. mas, cada ama da forma que quer, né?!

abração, cara!

Anônimo disse...

Loser.

Só um perdedor não aproveita uma oportunidade quando está na sua frente.

Covarde.

Só um covarde tem medo de arriscar.

Solitário.

Esse é o seu destino se continuar assim.

CARPE DIEM!

Aproveite o momento. Viva a vida. Arrisque. De que adianta viver se as emoções não são compartilhadas?

Anônimo disse...

srta Anônima,

talvez não sómente conjugue o verbo carpedinhar como o tenho como principio...é só um texto :)))

abs
@raphamarques