segunda-feira, setembro 06, 2010

era ela.

o corpo. o movimento. o jeito. o pensar. suas imperfeições e demais defeitos. "é ela..."

durante e após o banho, estava decidido a não se importar com os que se metem a pensar demais o amanhã com o mesmo recato das missas de domingo. não era porque ela tinha uma maneira especial de amar pelo avesso ou fingia certos sentimentos que não poderia merecer o amor das estrelas. ora, todo mundo sofre, todo mundo ri e chora. quem não finge, afinal?! e ela, ela parecia sentir mais que os outros, com uma obsessão quase indecente de não se desculpar ou não sentir culpa por haver peremptoriamente guardado na caixinha das recordações as coisas mais banais.

"é ela que amo tanto..." beijou-a. fechou a porta e partiu, assim. ainda aceso por dentro, por fora, com o cheiro do cigarro e do corpo dela suaves impregnado nas narinas. um mundo esperava-os lá fora.
(...)
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por @m4theuzz

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