Pupilas dilatadas,
alguém disse alto. Eu ouvi do quintal. Não entendi muito bem, pensei em drogas
ilícitas. Mas isso era amor, o êxtase da paixão, o olhar sob o olhar do objeto
de desejo que não o desejava. Senti o cheiro do cigarro de longe, agora sim, e vi
uma pontinha de luz em meio aquele breu apocalíptico que pairou sobre a
situação, sentei ao seu lado e a nossa conversa era apenas o diálogo de nossas
respirações. A sua, calma, em contraste com a minha ofegante.
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