terça-feira, abril 26, 2011

As horas


A sala de estar em tons nude esconde por trás dessa sobriedade espetacular as manchas de sangue e lágrimas que escorreram dos meus olhos e do meu coração, desesperados, de notícias suas. Enquanto seus braços, rijos e longos, encontravam em outros corpos, o cheiro agridoce do desejo passageiro, pura carnificina para um final desolé e amargurado. Poderia ter mentido, ainda omitindo quaisquer realces em tons de pele avermelhados, de batons borrados, negaria uma vez, olhando meus olhos, e sob sucessivas perguntas – tem algo a me dizer? – confessaria, arrependido, sobre as noites ao luar. E eu ficaria miudinho, semente de girassol, sem saber para onde olhar, as esquinas vazias, o aroma da cerveja quente na mesa, perdido em horas que não passam, que não passam, que não passam...



terça-feira, abril 12, 2011



tem um lado meu que sempre me diz pra manter os pés no chão. 
talvez não seja hora de voar agora.








100º postagem do Humanos Hedonistas, e a 1ª que faço especialmente pra esse blog. 
Abraços. 
@azulrasgado

quarta-feira, abril 06, 2011



As vezes você se permite reviver, só pra saber se todo aquele envolvimento era real, se o carinho era verdadeiro, e se era tudo muito bom assim como parecia. Mas não, não era bom, nem sincero, veio para a coleção de Coisas Desnecessárias na Minha Vida.






@azulrasgado