Pôr do sol, as árvores balouçando no quintal, aquele barulho que se confude com o barulho das águas vindas do céu. Ele conversa e conta histórias. Ela toca violão. Ele trabalha e relembra tempos mais antigos, outras cidades, bairros, caminhos. Ela sorri, pensa e toca. Nossos olhares encontram-se, cheios de cumplicidades. Eu observo silenciosa. Penso na riqueza que há em estar nesse quintal cheio de mangueiras e jaqueiras, a maresia, o bairro que se chama dendê, os nossos sorrisos, cai a tarde que é sem fim, essa hora do dia que me traz tanta paz, tantas lembranças, e tanta lucidez, e tantas esperanças. (Só tenho a agradecer.)