Eu disse que os dias passaram tal qual inferno astral. Apressados, cheio de detalhes que eu não percebi, cheio de coisas que abandonei, cheio de sorrisos que eu não dei, olhares que eu não troquei, gentilezas que não fiz; mas cheio, cheio das lágrimas que eu chorei, em todas as praças da cidade, todos os cantos, todos os bancos, enquanto eu divagava ao sol do meio dia; meio dia esse, que cheirava a azeite velho no tacho da baiana.
domingo, outubro 26, 2014
terça-feira, outubro 14, 2014
Salvador, Bahia
Saí de casa cedo. As circunstâncias me foram cruéis, então, 8:20h eu já estava na Barra. Sentei-me na padaria, e tomei mais um café. Esperei o shopping abrir, entrei, rodei, comi torta. Desci para o Farol. A praia estava especialmente linda. Segunda-feira de sol intenso, e mar vazio. Momentos como esses, nos dão certezas: ser feliz não é tão difícil. Mas, enfim. Escolhi uma cadeira, sentei. Tomei sol, contemplei o mar, li algumas páginas de um livro. Deixei a tarde chegar, me encaminhei para o Centro da cidade, lugar que eu amo. Fui tomar o sorvete de brownie da Cubana. Realmente, ser feliz não pode ser tão difícil, quando a gente tem sorvete de tapioca tão pertinho. Mas hoje eu senti solidão, e eu não sei porque ela tem se chegado assim, tão sempre, se esfregando em meu peito, impregnando minhas narinas de seus odores, pra me sufocar.
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